Um repórter em Angola
Como ao folhear recordações de algo que nos é muito próximo e querido, nenhuma das páginas deste livro nos deixa indiferentes. Ele reconduz-nos a um lugar e a um tempo carregado de emoções radicais, de feridas abertas que ainda sangram , porque não se curam amores profundos sem o tributo do sangue da dor, A África foi o sonho, talvez o último grande sonho, de gerações de Portugueses que, depois de terem percorrido os cinco continentes, para lá dirigiram as esperanças de uma vida melhor, de uma pátria melhor e por elas se sacrificaram, alguns até ao limite da vida.
O último capítulo da aventura de quase 500 anos que trouxe a Portugal à sua base de partida começou a ser escrito em Angola há mais de 40 anos, mas todo o século XX foi o século da África para Portugal. Foi principalmente pela África que o regime republicano de implantou e foi pela África que participamos na primeira Guerra Mundial. Foi ao redor da África que se reuniram consensos nacionais e se abriram grandes clivagens políticas. Foi da África que veio o último sopro de vida ao regime de Salazar, mas foi também lá que se formou a consciência do capitães, que o viriam a derrubar.
Seja o que for que cada um pense sobre o passado das relações de Portugal com África, este livro faz parte das relações de Portugal com África, este livro faz parte da inalienável e comum herança de portugueses e africanos, pois contém uma parte da África que existe em todos nós
Prefácio do livro:
"GUERRA COLONIAL Um repórter em Angola"
DE: CARLOS DE MATOS GOMES E FERNANDO FARINHA
2ª Edição - Novembro de 2001
Direitos reservados
EDITORIAL NOTÍCIAS
- Índice de Capítulos
1 - Fernando Farinha - Um repórter de Guerra
2 - Os ventos da História
3 - A verdade do repórter
4 - O início da guerra
5 - A reocupação
6 - O Leste
7 - As forças portuguesas
8 - Lutar, convencer e desenvolver: uma luta contra o tempo
9 - Homenagem aos repórteres de guerra
- 152 Páginas profusamente ilustradas e superiormente comentadas por Fernando Farinha
Jornalista no Comércio de Luanda, Revista Notícia. São dele as imagens mais emblemáticas da primeiros dias da guerra em Angola.
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